Meio Ambiente: conscientização e atitude podem mudar a atual realidade
Não é preciso ir muito longe para saber e sentir que a natureza vem refletindo àquilo que estão fazendo contra ela. De acordo com a ONG WWF, se não houver mudanças no estilo de vida da sociedade atual, é estimado que, até o ano de 2030, a poluição por plásticos poderá dobrar, chegando a 300 milhões de toneladas desses resíduos a cada metro cúbico de água. O Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado nesta quinta-feira (5), não é só momento de reflexão, mas de atitude.
A data reúne milhões de pessoas de todo o mundo, engajando-as no esforço de proteger e restaurar a Terra, pois diversos sinais já indiciam que o tempo parece estranho, e há quem diga que é o fim dos tempos, conforme o Livro do Apocalipse. A temperatura vem aumentando, a periodicidade das estações oscilando, onde existia cheias, agora se predomina a seca, e vice-versa.
Alguns movimentos reacendem a esperança da bandeira da sustentabilidade, de fazer uma ação em benefício do planeta, como o Projeto Mares sem Plástico do campus I, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), coordenado pela professora do Laboratório de Estudos em Química Ambiental do Departamento de Química do CCEN, Cláudia Cunha, que há cinco anos vem apostando na conscientização da população quanto a insustentabilidade dos hábitos atuais de descarte de resíduos, em especial o plástico, no combate ao lixo no mar.
O objetivo principal do projeto é apresentar para a sociedade a importância da preservação dos ambientes marinhos e costeiros e demonstrar o impacto do plástico nesses ecossistemas, através de ações voltadas para a educação ambiental, tais como limpezas nas praias com abordagem educacional, intervenções artísticas, participação em eventos e oferecimento de palestras e cursos.
A iniciativa também oferece a oficina Guardiões do Mar para crianças do ensino infantil e fundamental em escolas públicas a partir de ações periódicas com abordagem educacional e de sensibilização ambiental.
O Projeto Mares Sem Lixo se enquadra no ODS-14 e contribui para a conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para alcançar um desenvolvimento sustentável. Durante esse tempo de atuação, conseguiu junto com a ação Guardiões dos Mares realizar mais de 100 ações, entre elas, coletar mais de 4 toneladas de lixo graças a ação de milhares de voluntários.
No início desse mês, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio da Comissão Especial para a Ecologia Integral e Mineração (CEEM), também fez um convite para toda a sociedade a fim de se engajar na mobilização e no compromisso para a Campanha Junho Verde que busca desenvolver o entendimento da população acerca da importância da conservação dos ecossistemas naturais e de todos os seres vivos e do controle da poluição e da degradação dos recursos naturais, para as presentes e futuras gerações.
Todas as comunidades, com destaque para as igrejas, as escolas, o mundo acadêmico, os movimentos populares, estão convidadas ao empenho de conscientização e cuidado com a nossa Casa Comum (casa que tem lugar para todos e todas).
Segundo a CNBB, a Igreja assume a ação Junho Verde dentro da Campanha Nacional Laudato Si, que já realizou de 21 a 28 de maio de 2023 a Semana Laudato Si, segue com a Junho Verde e, em seguida, animará o Tempo Ecumênico da Criação, que será realizado no mês de setembro.
O Tempo Ecumênico da Criação é uma iniciativa ecumênica, durante a qual diversas religiões cristãs se reúnem ao redor do mundo, por meio da oração e ações concretas, para celebrar a beleza da Criação e responder conjuntamente a seu grito.
“Como cristãos, somos chamados à promoção e a manutenção da vida. Faz-se urgente escutar a voz da criação que grita pedindo mais respeito. Precisamos conservar os ecossistemas naturais e de todos os seres vivos, controlar a poluição e a degradação dos recursos naturais para as futuras gerações, nos diz a Igreja do Brasil”, declarou o pároco da Paróquia São Pedro Pescador, Padre Berg Campos.
Já o Conselho Nacional de Igrejas (Conic Brasil), por meio de suas redes sociais fez um apelo, nesta quarta-feira (5), na prática e engajamento pela causa por meio de uma ação concreta, como: orar pela criação durante uma celebração (culto ou missa); plantar uma árvore e incentivar a economia de energia; criar uma horta comunitária e limpar uma área verde próxima da igreja.


Comentários
Postar um comentário