Padre Luiz reforça diretrizes da Campanha da Fraternidade desse ano em entrevista ao podcast da Arquidiocese

Em entrevista ao Podcast Diálogos da Arquidiocese da Paraíba, na última terça-feira (1º), o pároco da Paróquia São Pedro Pescador e vigário geral da Arquidiocese, padre Luiz Júnior, falou sobre a importância da Campanha da Fraternidade (CF) desse ano, lançada na quarta-feira (2), pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Padre Luiz lembrou que todos os anos a Igreja Católica no Brasil, no período da Quaresma que nos prepara para a Páscoa do Senhor, apresenta um tema ligado às realidades sociais, pois a conversão também passa pela conversão da sociedade. “São temas que nos fazem refletir sobre questões muito gritantes dessa realidade que precisa de conversão”, disse.

O pároco da Paróquia São Pedro Pescador ainda informou que o tema desse ano da CF 2022 é sobre a educação que não é só transmissão de informação, mas também é a formação ética, humana, familiar e religiosa. “É o homem na sua totalidade que precisa ser educado na forma mais abrangente da palavra”, destacou. 

O religioso rememorou a criação da CF, que desde 1962 começou a ser difundida inicialmente na Arquidiocese de Natal e depois ganhou uma abrangência e força nacional, caindo no gosto do povo brasileiro, de maneira que todos os anos, a Igreja por meio da CNBB, apresenta nesse período da Quaresma a campanha. “O tema sobre a educação acrescenta nesse tempo de conversão, um tema para acrescentarmos a nossa piedade quaresma que é formada basicamente pelo tripé: jejum, oração e esmola ou caridade”, acrescentou.

Ainda em conversa no Podcast Diálogos, Padre Luiz Júnior explicou que o objetivo principal da CF é despertar a solidariedade dos fiéis e da sociedade, em relação a um problema concreto que envolve a sociedade brasileira, buscando caminhos de reflexão, abrindo caminhos para a discussão e debate. “Imagine uma Igreja do tamanho que é, num país continental como é o Brasil, discutindo e debatendo um problema tão importante, desde as grandes cidades até os lugares mais longínquos”, falou.

O religioso evidenciou que a cada ano, a Igreja escolhe um tema que tem como objetivo essa profunda reflexão, que à luz da Palavra de Deus e colaboração de profundos estudiosos do tema, a CNBB oferece um material, um texto-base que é uma riqueza sobre o tema escolhido. “Se você pegar, se debruçar sobre os textos-base da Campanha de Fraternidade vai estar diante de um documento que é de uma riqueza espetacular, tanto do ponto de vista informativo, de dados, de elementos que nos ajudam a compreender a dimensão da realidade refletida, mas também apontando luzes e caminhos”, revelou.

 “Não é somente um olhar sobre o problema, mas é também, sob à luz do Evangelho, que esse olhar é apresentado a partir de profundas e tão bem feitas reflexões. Educar não é só transmitir conceitos, que exige que todos os responsáveis: família, escola, instituições sociais, culturais, religiosas, o Estado, para que participem desse processo de forma solidária. É uma junção de forças, e o homem precisa sonhar com esse caminho”, destacou Padre Luiz.

Ao falar ainda sobre a importância da educação, citou frase icônica de Nelson Mandela: a educação é a arma mais poderosa que nós podemos usar para mudar o mundo. “A mudança que nós esperamos para o mundo começa no coração de cada um, um coração que é alcançado por esse processo de educação”, disse.

Padre Luiz destacou a ação do Papa Francisco ao propor o Pacto Educativo que é um pacto global, ou seja, que o mundo inteiro se reúna nas suas mais diversas instâncias, como família, igrejas, escola e poder público para que se possa tratar desse tema que é tão precioso para uma humanidade que busca a paz, diálogo e concórdia. Que busca pelo processo de educação. 

“Para a grande parte da população brasileira e mundial que vive na miséria, na penúria, a educação precisa ser apresentada como caminho de libertação, lembrando o caminhar da Igreja no Brasil que apresenta uma proposta de educação nacional como uma proposta libertadora. Um homem que não tem acesso às informações, ao conhecimento, que não tem acesso a um processo de humanização, ele vai ser sempre escravo das estruturas, principalmente das estruturas perversas, das estruturas de morte” destacou o pároco da Paróquia São Pedro Pescador.

Ele ainda destacou que a Igreja vem à luz da CF refletir sobre este pacto educativo global que é um chamado do Papa Francisco para que todas as pessoas de boa vontade no mundo priorizem uma educação humana e solidária como modo de transformar o mundo e a sociedade. 

Você pode acessar a entrevista completa pelo Podcast Diálogos da Arquidiocese da Paraíba nos aplicativos de streaming: Spotify ou Deezer.

Segue o link de acesso: https://open.spotify.com/episode/3nYs7dmd1hmbfeAnRmDe0b?si=M19mODCdQq2qRgy7SpHQZQ&utm_source=whatsapp


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Câncer de mama é a principal causa de morte por câncer em mulheres; conheça

Celebrações paralelas como o Ofício das Trevas ajudam fiéis a se aprofundarem melhor no mistério da Semana Santa

Clame a descida do Espírito Santo sobre si